abril 27, 2016

Tive uma certa vontade de voltar a escrever no blog e não contar para ninguém. Nada como duas desilusões pra fazer você pensar na vida, não é mesmo? É verdade que estive muito feliz nesses últimos dois anos pra escrever. Desconfio que preciso estar triste. Não triste - talvez descontente? "não sou alegre, nem sou triste"
Eu também quero me abandonar. Quero desistir de mim. Quero ser a que agora abandona e não mais a abandonada. 


fevereiro 19, 2014

Não pensei num bom título



Acho que estou doente. Tenho estado feliz. É que estou amando. E sendo amada. Na hora certa. Não esqueci que não escrevo desde setembro de 2013 e que naquela data eu estava completamente insatisfeita. Sim, eu desisti dos cachos. Invento a mesma desculpa toda hora, mas é isso mesmo; sinto-me bem assim. Pensei em escrever todos os dias até este momento. A vontade crescia e eu só precisava da minha musa inspiradora – que nesse caso fui eu mesma. Cheguei em casa com vontade de compartilhar coisas boas com essa gente toda aí. E a vontade bateu em minha porta e eu abri, senhoras e senhores. É que levou tempo pra acostumar-me com a felicidade e fiquei esse tempo pulando num pé só. E toda essa baboseira sobre o amor e estar apaixonado fez sentido, mas continuo achando que essas cantigas de amigo ou esse romantismo à la Iracema não fazem parte da minha história. Doei roupas velhas e consegui um estágio. Ainda falta muita coisa, mas sinto que este momento de mim durará por bastante tempo. E quero que dure. E quero que nunca achem remédio pra essa doença. Não vou mentir e dizer que mudei completamente. É que acho impossível ser alguém e de repente ser outro... Mudanças nunca acontecem forçadas. Ou talvez sim. Estou lendo O Diário de Anne Frank e a cada página vejo como ela foi forçada a amadurecer. E também se apaixonou. “Amor, o que é o amor? Não creio que se possa realmente pôr em palavras. Amor é entender alguém, se importar, compartilhar as alegrias e as tristezas. Isso pode incluir o amor físico. Você compartilha alguma coisa, dá alguma coisa e recebe algo em troca, seja ou não casada, tenha ou não um filho. Perder a virtude não importa, desde que você saiba que, enquanto viver, terá ao lado alguém que a compreenda e que não precisa ser divido com ninguém mais.” Aí está meu tipo de declaração. Quem precisa de mais contos de fadas nesse mundo? Eu não. 


setembro 28, 2013

Ás vezes eu imagino-me sendo completamente diferente. Outra personalidade, outra voz, outros traços, outros amigos. Ás vezes eu contento-me comigo.  Minha personalidade, que ainda construo; minha voz, meus traços, meus poucos amigos.
Há dois meses, quando o alisamento já saia, resolvi parar de fazê-lo e assumir meus cachos. Não estava mais me encontrando debaixo dessa química. Porém, é um processo demorado e todo dia penso em desistir.  É preciso gostar-me todos os dias e nem sempre consigo.

Essas fotos são de quando tinha acabado de cortar o cabelo – um dos passos para livrar-me da química. Ainda fazia chapinha, mas agora resolvi que se dane, mesmo com duas texturas no cabelo.